09 novembro 2006

A Arte de Ser Feliz




A Arte de Ser Feliz

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Houve um tempo em que minha janela se

abria sobre uma cidade que parecia

ser feita de giz.



Perto da janela havia um pequeno

jardim quase seco.


Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,

e o jardim parecia morto.

Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,

e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de

água sobre as plantas. Não era uma rega:

era uma espécie de aspersão ritual, para que o

jardim não morresse. E eu olhava para as plantas,

para o homem, para as gotas de água que caíam

de seus dedos magros e meu coração ficava

completamente feliz.


Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro

em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas.

Avisto crianças que vão para a escola.



Pardais que pulam pelo muro.

Gatos que abrem e fecham os olhos,

sonhando com pardais.



Borboletas brancas,

duas a duas, como refletidas no espelho do ar.



Marimbondos que sempre me parecem

personagens de Lope de Vega.



Às vezes, um galo canta.

Às vezes, um avião passa.



Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu

destino. E eu me sinto completamente feliz.


Mas, quando falo dessas pequenas

felicidades certas, que estão diante de cada janela,

uns dizem que essas coisas não existem,

outros que só existem diante das minhas janelas,

e outros, finalmente, que é preciso aprender

a olhar, para poder vê-las assim.


01 novembro 2006

SE EU MORRER ANTES DE VOCÊ...

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.

Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe.

Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.

Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me.

Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.

Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.

Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.

Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.

E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: - "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!" Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.

Você acredita nessas coisas? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.

Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu... Ser sua amiga(o) já é um pedaço dele...